Copa de 2022 - Matéria 7
Trabalho escravo na Copa 2022
Por Lucas Guaratini
Para sediar a Copa do Mundo existem alguns requisitos sobre o país sede, como: ter pelo menos 12 estádios com capacidade mínima de 40 mil pessoas, o campo da final deve possuir, no mínimo, 80 mil lugares, o país deve oferecer turismo, segurança, condições de trabalho nos estádios etc. As condições de trabalho dos imigrantes que construíram os estádios para o torneio no Catar já causou muitas polêmicas nesta copa. Organizações que defendem os Direitos Humanos acusam a FIFA e o Catar de submeterem imigrantes a condições de trabalho análogas à escravidão na construção dos estádios, inclusive nas altas temperaturas de até 50 graus no Oriente Médio.
O governo do Catar construiu uma cidade totalmente nova, chamada Lusail, para este evento. Além disso, foi preciso criar uma grande infraestrutura nos arredores do estádio para receber o evento e que exigiu o trabalho em turnos dobrados por dias e noites. Sem contar nas denúncias de contratações ilegais de funcionários para as obras que nunca recebiam o dinheiro pelo árduo trabalho realizado.
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Fonte: estádio de Lusail, palco da abertura da Copa. Foto de Jorge Natan. |
Durante toda a construção dos estádios que foram programados para sediar as competições ocorreram, no mínimo, 6,5 mil mortes segundo o jornal britânico The Guardian. As vítimas eram, em sua maioria, de países sul-asiáticos, tais como: Paquistão, Nepal, Sri Lanka entre outros. Para piorar a situação, o jornal fez uma investigação mais apurada que revelou que o número de mortes está, provavelmente, errado um vez que os óbitos ocorridos nos últimos meses de 2020 não estavam incluídos.
A condição da pandemia de Covid-19 também teve péssima condução pelo governo do Catar, que proibiu a saída dos trabalhadores de seus alojamentos, forçando-os a ficarem todos aglomerados em seus dormitórios no auge da pandemia, o que facilitou o contágio. As mulheres que ali trabalhavam também sofriam muito, pois ficavam muito expostas facilitando o abuso sexual.
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