terça-feira, 6 de setembro de 2022

1 - Copas do Mundo - Histórias e Curiosidades

Copa de 1990
Mundial realizado na Itália
Por Guilherme Celestino

A Copa de 1990 foi a primeira em que se repetiram os adversários de uma final, e possuiu a marca de menor média de gols de uma edição, ou seja, 2,21 gols por partida, sendo 115 gols em 52 jogos.

Fonte: Wikipedia.org.
Após 56 anos a Itália voltou a sediar uma Copa do Mundo. Os até então tricampeões mundiais estavam cercados pela expectativa de repetirem o êxito de 1934, quando chegaram à conquista perante sua nação. A liga italiana era reconhecida como a melhor da Europa na época, contando com estádios históricos, grandes estrelas e domínio nas competições continentais.

As partidas foram disputadas em 12 cidades, algumas com estádios em reforma, entre eles o Giuseppe Meazza em Milão, que recebeu a abertura, e o Olímpico em Roma, palco da grande final. Além das reformas dos dois estádios, foram construídos o Delle Alpi, em Turim, e o San Nicola, em Bari.

As 24 seleções iniciaram suas trajetórias nos grupos que tinham as duas primeiras e as quatro melhores seleções em terceiro lugar. A edição marcou a estreia das seleções de Costa Rica, Emirados Árabes Unidos e Irlanda e tinha como grandes favoritos o Brasil, que buscava o tetracampeonato e a Argentina e a Alemanha Ocidental que voltariam a repetir a final da copa de 1986 no México.

No dia 8 de junho, Milão recebeu a primeira partida do mundial que foi realizada entre a Argentina de Diego Maradona e a surpreendente seleção de Camarões comandada pelo jogador Roger Milla que, aos 38 anos, fez história com "Os Leões" na Copa de 1990 realizando a melhor campanha de uma seleção africana em mundiais. Os atuais campeões foram superados e perderam na estreia por 1 a 0 com o gol de Omam-Biyik dos Camarões. Esse resultado ajudou os camaroneses a se classificarem na liderança, enquanto os argentinos ficaram em terceiro lugar.

Itália e Brasil dominaram seus grupos vencendo os 3 jogos. Os placares magros foram suficientes para garantir as melhores campanhas da primeira fase com a defesa italiana passando zerada. A Alemanha também avançou sem sustos com 2 vitórias e 1 empate, se destacando dos demais com o melhor ataque (10 gols na fase de grupos), incluindo a maior goleada do torneio diante dos Emirados Árabes Unidos por 5 a 1.

As oitavas de finais marcaram o encontro de grandes seleções com destaques para a Alemanha contra a Holanda, Itália versus Uruguai e o superclássico entre Brasil e Argentina, que colocou à prova uma rivalidade histórica. O jogo foi dominado pela Amarelinha, que criou as principais chances chegando a acertar 3 vezes a trave do goleiro Goycochea. Os argentinos chegavam nos contra-ataques e, já no segundo tempo, Maradona, em uma jogada genial, deu um passe certeiro para Caniggia que ficou de cara pro gol e eliminou o Brasil.

Abrindo as quartas de finais, a Argentina e a Iugoslávia ficaram no 0 a 0 e, nos pênaltis, brilhou o goleiro Goycochea, classificando os albicelestes para enfrentarem os anfitriões nas semifinais. A Itália derrotou a Irlanda por 1 a 0, o mesmo placar da classificação da Alemanha sobre a Tchecoslováquia. No jogo mais movimentado das quartas de final, a Inglaterra pois fim à histórica campanha de Camarões ao vender por 3 a 2 na prorrogação.

As cidades de Nápoles e Turim foram os palcos das semifinais que tiveram roteiros parecidos com as partidas terminando empatadas por 1 a 1. Nos pênaltis, argentinos e alemães saíram vitoriosos para repetirem a final de 4 anos antes. Para a Itália e a Inglaterra restou a disputa pelo terceiro lugar, com Azzurra levando a melhor graças ao gol do artilheiro e melhor jogador da copa, Salvatore Schillaci, que decretou o 2 a 1 marcando seu sexto gol em 7 jogos.

A grande final no Estádio Olímpico de Roma valia o tricampeonato para as duas seleções. A Argentina chegou aos trancos e barrancos, enquanto a Alemanha chegava como favorita e com espírito de revanche pela final de 1986.

Com a bola rolando, os alemães se sobressaíram e deram trabalho ao goleiro Goycochea, que segurava a ofensiva do adversário enquanto o ataque dos Hermanos não levava tanto perigo. A partida começou a ficar dramática quando o zagueiro Pedro Monzón foi expulso no segundo tempo, ao dar uma entrada forte no atacante Jürgen Klinsmann. Com um jogador a menos e empurrados para trás a Argentina tentava se segurar, mas o árbitro marcou um pênalti de Sensini em Völler e coube ao lateral Brehme, aos 40 minutos, converter o pênalti e garantir o título para a Alemanha do técnico Beckenbauer.

Fontes: Fifa.com, Globoesporte.com, Uol.com.br, Quadrodemedalhas.com, Ogol.com.br


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