sábado, 30 de abril de 2022

Assista ao filme "Encanto", da Disney

 Por Lucas de Andrade Lindolfo e Rita Ibarra

A Disney mais uma vez surpreende com suas formas de encantar. Desde seus primeiros filmes, sua intenção sempre foi apresentar ao espectador um mundo de magia, encantamento e personagens surpreendentes. Agora é a vez de uma família com poderes mágicos que estão se perdendo. Maribel, a filha, acredita que deve partir para recuperar esses poderes.

O filme traz momentos de muita ação, suspense e conquistas da personagem em sua jornada para recuperar seus poderes e é garantia de pura descontração e magia.

O roteiro foi escrito por Jared Bush e Charise Castro Smith, que também dirigiram o filme na companhia de Byron Howard. Os figurinos das personagens de animação são uma homenagem às cores vibrantes da Colômbia, que serve de cenário para a história. Os diretores souberam dar vida à cultura latino-americana e trouxeram uma representação alegre e vibrante da casa encantada da família Madrigal, na qual se percebe uma representatividade latina ímpar até o momento nos filmes da Disney.

A animação foi produzida nos Estados Unidos (EUA) e a trilha sonora é de Lin Manuel Miranda, indicado ao Oscar por suas composições realizadas para o filme "Moana".

Dados do filme:

  • Data de lançamento: 25 de novembro de 2021 no cinema (Brasil)
  • Duração do filme: 1h 43min
  • Animação, Família, Comédia
  • Idioma: inglês e espanhol
  • Direção: Charise Castro Smith, Byron Howard e Jared Bush
  • Roteiro: Charise Castro Smith e Jared Bush
  • Elenco: Stephanie Beatriz, John Leguizamo, Wilmer Valderrama 
  • Orçamento: US$ 120-150 milhões

Fonte: site da Disney.

Onde assistir além dos cinemas: se você for assinante da Disney Plus poderá assistir ao filme clicando aqui

Assista ao trailer: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-284646/

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Apresentação teatral única no Teatro das Artes

Por Vitória Censi Ribeiro

Em meio a tantos nomes grandes, como Maurício Meireles e Leandro Hassum, um pequeno grupo de teatro chamado Cia Epílogo apresentará "Gardenville", um texto autoral escrito no 2o semestre de 2021.

Com direção de Luccas Papp, "Gardenville" conta a história de uma pequena cidade com 20 habitantes, onde o prefeito, ao iniciar o cargo, promulga a lei de que nenhum habitante pode sair de lá. De repente, cinco garotas decidem ir contra a lei e atravessar as barreiras da cidade.

Para saber o final da história você terá de prestigiar a peça que será apresentada no dia 25 de maio de 2022, às 20 horas, no Teatro das Artes (no Shopping Eldorado), localizado na Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros, São Paulo-SP.

Saiba mais sobre a Cia Epílogo acessando o site:
https://www.sympla.com.br/produtor/ciaepilogo.

Adquira o ingresso clicando AQUI.


quinta-feira, 28 de abril de 2022

Conheça a identidade visual do Focafoconews

Por Mateus Pardinho da Silva 

Atributos da marca: Focafoconews é: 

  • Comprometido
  • Comunicativo
  • Confiável
  • Imparcial
  • Focado
  • Sério
Personalidade da marca (arquétipo): Informativo e Criativo.

Sobre a marca: 
  • Conceito - O blog-portal Focafoconews reúne todos os esforços entre os docentes e discentes do curso de Jornalismo, do campus Jundiaí, ao longo das diversas disciplinas do curso, na realização de diversos produtos jornalísticos, como o Pauta Digital, o Murojô e o LabPasquim. Neste espaço há equipes de discentes conteudistas, supervisionados por docentes de cada uma das áreas de proposta temática.
  • Nome: O nome traz duas características do jornalista aspirante: o aprendizado e o afã por traduzir tudo em notícia, assim, na primeira parte do nome temos a palavra FOCA, jornalista aprendiz, e na segunda parte temos a palavra FOCO, necessidade de todo aprendiz, pois ao se deparar com ampla quantidade de propostas de temas, até que se encontre o tema para sua especialização, há uma busca que muitas vezes o distancia da objetividade. Por último, temos a palavra NEWS, como é próprio do contemporâneo esta palavra é a designação, em inglês, da palavra NOTÍCIAS. É uma palavra mais curta e mais cosmopolita, portanto, optou-se por ela.
  • Objetivo: transformar fatos cotidianos em notícia
  • Slogan: Focafoconews é fato, e a opinião é sua!

Identidade visual idealizada por Mateus Pardinho.



Quem somos nós

Por ProfRita Ibarra

Focafoconews é o blog-portal do curso de Jornalismo da Universidade Paulista, campus Jundiaí.

A história é breve, recomeçamos a jornada depois de mais de mais de 15 anos sem uma turma de jornalismo neste campus. Assim, estamos desbravando novamente os horizontes da profissão. 

O time é composto por ALUNOS ávidos por transformar fatos em informação, e por PROFESSORES que já mergulharam nos diversos meandros da informação, mestres e doutores voltados para a construção e o estudo da palavra escrita e falada em seus diversos ramos da Educação e da Comunicação Social Aplicada.

O ano de partida foi 2019 e, quem diria, mal começamos o caminho e fomos atropelados por tempos incertos e difíceis. Todos somos parte da história, mas jamais imaginamos que estaríamos dentro de uma história que ficará registrada no futuro como o Tempo da Pandemia. Sabemos que não é a primeira, afinal esta é a terceira pandemia desde a Idade Média, mas mesmo assim é a mais diferente de todas e está permitindo que todos os dias nos reinventemos para dar conta das novidades cotidianas.

Hoje contamos com milhares de mortos pelo planeta. Em nosso país, já ultrapassamos a marca de três centenas de milhares...

A sociedade tem se transformado aos nossos olhos e a cada dia nasce uma nova forma de ver. A polarização e a radicalização nos comportamentos têm-se intensificado.

A escolha deste grupo é simples, fazer deste blog um ESPAÇO DE INFORMAÇÃO e reunião de Produções Acadêmicas de notícias e comentários sobre nosso tempo.

Corpo Docente
- Carlos Eduardo Bizzocchi
- Cibele Buoro
- Cristiane Demarchi
- Daniele Savietto Filippini
- Rita de Cássia Ibarra
- Sandra Cristina Pedri - Editora
- Sílvia Regina Guadagnini

Mascote: foca Jotinha criado por
Raquel Cerqueira Batista.

Corpo Discente - FOCAS
- Anderson da Silva Oliveira
- Anthony Micheias D. Muniz
- Camila Milena Q. da S Macedo
- Dandhara de Carvalho Galiano
- Isabela Cunha Doutel
- Luana Roik Barbosa - Foca Instrutor
- Lucas de Andrade Lindolfo
- Lucas Vendramini Guaratini
- Raquel Cerqueira Batista - Foca Instrutor
- Thiago Lavinhati
- Virgínia dos Santos Antony
- Yasmin Cristina G. da Silva

Nossos filhotes de FOCA
- Bruna Fernanda Ryan
- Guilherme de M. Nobre Celestino
- Mateus Pardinho da Silva - Foca Instrutor
- Ricardo José Colin Filho
- Vitória Censi Ribeiro


Volta às aulas presenciais. Opinião de alunos e professores.

Por Tiago Lavinhati

Nos últimos dois anos, as aulas estavam sendo realizadas em sistema on-line devido a pandemia da Covid-19 e, no primeiro semestre de 2022, a UNIP (entre outras universidades) retomou o ensino presencial. No início de 2020 toda a atividade escolar havia passado para o ambiente virtual na grande maioria dos cursos, acontecendo através dos aplicativos Zoom (para as aulas ao vivo) e Microsoft Teams (para o compartilhamento de conteúdo e realização de provas).

Agora, com o retorno ao ensino presencial, conhecer a opinião, tanto dos alunos quanto dos professores, pode auxiliar na adaptação e na compreensão dos impactos causados pela ausência das atividades presenciais nesses dois últimos anos. Confira, a seguir, quatro depoimentos sobre o tema.

Foto de Lucas de Andrade Lindolfo.
ALUNOS

  1. Lucas de Andrade Lindolfo, 7o semestre de Jornalismo da UNIP Jundiaí - "Entrei na escola por volta dos três anos e minha rotina era acordar, tomar café e ir para a escola, e foi assim a vida toda até a faculdade. Estou tão acostumado com o ensino presencial que a volta às aulas está me fazendo muito bem. Chegar na sala de aula, copiar a matéria da lousa, estar frente a frente com o professor, perguntando e respondendo a diversas questões sobre os mais variados assuntos, está sendo muito bacana. Além de voltar ao ensino que tinha de costume antes da pandemia, estou podendo visitar toda a infraestrutura do campus e ter contato com as matérias que vão agregar bastante à minha carreira como Jornalista e, também, estou vendo meus amigos com mais frequência, que é algo que estava me fazendo muita falta. Adoro a dinâmica da faculdade, ou seja, ver as pessoas indo de um lado para o outro".

  2. Larissa Pereira de Almeida, 5o semestre de Psicologia da UNIP Jundiaí - "O ensino presencial, sem dúvidas, é melhor do que o a distância. Eu consigo ter uma memória bem clara sobre o que foi ensinado em uma aula anterior justamente por conseguir prestar mais atenção. Isso por causa do foco na aula e por poder tirar dúvidas com os professores e alunos da universidade. O ensino presencial traz mais responsabilidade e compromisso porque não lhe permite ficar consultando outras fontes enquanto assiste à aula, então exige mais atenção e dedicação dos alunos. Por outro lado, gera bastante ansiedade, pois alguns alunos nunca fizeram uma prova presencial ou nunca apresentaram um trabalho para a sala de aula. Tudo isso nos leva a concluir que estávamos em uma zona de conforto e, agora, estamos saindo dela para nos adaptarmos novamente".

PROFESSORES

  1. Cristiane Demarchi (historiadora, doutora em educação e professora titular da Universidade Paulista) - "O retorno às aulas presenciais, para mim, foi o retorno da participação dos alunos na aula. Sinto muito mais a energia e o conhecimento que a sala de aula possui sobre o tema ministrado no "presencial". Pelo feedback dos alunos, eles também sentem mais integração no "presencial", demonstram uma melhor compreensão dos temas etc. Acredito que o aspecto coletivo é fundamental na aprendizagem significativa dos alunos e, portanto, essa é a desvantagem do ensino on-line ou híbrido. Do ponto de vista mais subjetivo, gostei de rever os alunos após tanto tempo de isolamento e imagens inertes dos perfis no Zoom".

  2. Kleber Robson Ribeiro (Designer Gráfico, Especialista em Informática e Comunicação Digital e professor assistente da Universidade Paulista) - "A minha experiência com o retorno às aulas presenciais foi positiva, pois havia uma saudade da convivência presencial, da troca direta de experiências com os alunos. A vivência no ambiente on-line também foi uma experiência positiva, pois pude vivenciar um formato de ensino que era inédito para mim. Ambos os formatos possuem pontos positivos: as aulas on-line, apesar do menor nível de interatividade direta dos alunos, permite o andamento mais rápido quanto à quantidade de conteúdo e facilidade de utilização de ferramentas digitais pelo fato de já estarmos em um ambiente on-line. Já o formato presencial proporciona maior facilidade para nós, professores, avaliarmos o conteúdo que está sendo absorvido pelos alunos até mesmo pela leitura visual que podemos fazer desses alunos".
E você? O que está achando do retorno às aulas presenciais? Deixe seu comentário aqui. 

Cinema: embarque nesta viagem

Por Rita Ibarra

O conhecimento de obras cinematográficas faz parte do conhecimento de mundo desejável para um comunicador. Ele deve conhecer tanto as obras antigas ou clássicas quanto as obras contemporâneas. Assim, algumas obras fazem parte do conhecimento mínimo necessário para sua formação. Aqui serão apresentadas algumas das possibilidades de elementos para análise fílmica, assim como algumas dicas de filmes que compõem a base desse saber.

Ao analisar um filme, uma das características mais marcantes é a intertextualidade. Na realidade, o ditado popular "nada se cria, tudo se copia" é uma verdade quando se analisa o cinema.

Para a compreensão do intertexto deve-se realizar um estudo sistemático das teorias e assistir às obras, preferencialmente a partir de sua gênese. Cada filme tem uma história sobre sua criação como, por exemplo, detalhes sobre o tempo (momento) que foi realizado, influências de seu roteirista e diretor e influências culturais que vêm de seu país de origem. Estes elementos fazem parte da análise fílmica e da compreensão da obra assistida.

De certa forma todas as obras contemporâneas receberam influências de outras obras já realizadas e consagradas através da história do cinema.

A viagem do conhecimento sobre o cinema se faz pelos caminhos do tempo, das escolas de cinema, do contexto sociocultural, passando pelas influências econômicas quando da sua realização, pelas disciplinas que influenciam esse conhecimento. Pode-se ler o cinema a partir de seus ensinamentos pedagógicos. Neste percurso são propostas quatro possibilidades de viagem, todas elas pela via das escolas de cinema:

VIAGEM 1 - Clássicos
Tempos Modernos e O Grande Ditador (Charles Chaplin) - A primeira (Tempos Modernos) por abordar o início da criação das linhas de montagem e as manifestações do emergente fordismo; a segunda (O Grande Ditador) por trazer uma paródia sobre a II Guerra Mundial e o mais expressivo discurso falado da época, além de ser o primeiro filme de Chaplin com texto em áudio.

VIAGEM 2 - Expressionismo Alemão
O ciclo de Cinema Expressionista é outra parte da história do cinema que não deve ser desprezada. Os filmes mais importantes são:

  • Metrópolis, base para entendimento de outros filmes como Blade Runner, China Town e Origem (Inception);
  • Nosferatu, pai de todos os filmes e séries de vampiros;
  • O Gabinete do Dr. Caligari; e,
  • M, O Vampiro de Dusseldorf.

Vale conferir, também, o filme Berlim: Sinfonia da Cidade e as obras de Fritz Lang, cujas as fotos encontram-se a seguir.

Fonte: Wikipedia.

VIAGEM 3 - Grandes Diretores
Há ainda, os filmes de Alfred Hitchcock, o mestre do suspense, indispensáveis para quem quer conhecer o melhor do cinema de suspense. Estes se destacam de várias formas, inclusive pela revisão da obra que se pode dividir em:

  • humor negro, com o filme Festim Diabólico;
  • voltados para a Guerra Fria, com os filmes PI e Topázio;
  • voltados para o suspense, com os filmes Psicose e Pássaros (Birds); ou ainda
  • voltados para o crime, com os filmes Janela Indiscreta, Um Corpo Que Cai e Disque M para Matar.

Dentre estes filmes vale destacar o seriado Bates Motel, spin off de Psicose, Um Crime Perfeito, remake de Disque M para Matar e Pássaros, recentemente lançado

VIAGEM 4 - Filmes adaptados de livros
Aqui estão filmes dignos de serem assistidos, tanto por sua expressão estética e histórica, como por sua ligação com Umberto Eco (sociólogo, semioticista e historiador da Idade Média). Destacam-se:

  • O Nome da Rosa, transposição fílmica do romance homônimo de Umberto Eco; e
  • Lutero, filme com consultoria de contextualização história realizados, também, por Umberto Eco.

DICA: Crie suas listas de filmes e vá assistindo aos poucos. Esses são filmes densos, inesquecíveis, que são transpostos em diversas obras ao longo das décadas. São vistos e revistos na maioria dos seriados que fazem parte da história contemporânea, o que será um assunto para outra matéria a ser escrita em breve. Por hoje é só!!!! Logo, logo tem mais!!!!




quarta-feira, 27 de abril de 2022

Conheça Orson Welles e suas obras!

Por Rita Ibarra

Orson Welles é um dos diretores mais comentados da história do cinema e tem um valor inestimável enquanto homem de comunicação midiática.forma Sua história traz obras de teatro, rádio e cinema. Nasceu em 6 de maio de 1915, na cidade de Kenosha, Wisconsin, EUA, e morreu aos 70 anos de idade em 10 de outubro de 1985, na cidade de Los Angeles, Califórnia, EUA. Casou-se três vezes: primeiro com Paola Mori (1955 a 1985), atriz italiana; depois com a diva do cinema Rita Hayworth (1943-1947), imortalizada e relembrada sempre como "Gilda", mas belíssima e de atuação impecável como "A Dama de Shangai" filme noir dirigido por Welles; e, por último, com Virgínia Nicholson (1934-1940), também atriz. Tem três filhos: Rebeca Welles, Christopher Welles Feder e Beatrice Welles.


Um dos momentos mais impactantes de sua carreira foi o pânico que causou em 39 de outubro de 1938 ao narrar a rádio novela "War of the Words" (Guerra dos Mundos), obra de HG Wells (Herbert George Wells - 1866-1946), escritor inglês e autor da obra literária que foi transformada em rádio novela pela Columbia Broadcasting System e afiliadas. A narração foi tão convincente que levou milhares de pessoas para as ruas de Nova Iorque, que acreditaram que a cidade estava sob invasão alienígena. Seu filme mais comentado é "Citizen Kane" (1941), ganhador do Oscar de Melhor Roteiro.

Orson Welles em foto publicitária
do aclamado longa "Citizen Kane".
Seus filmes são:

1941 - Citizen Kane
1942 - The Magnificent Ambersons
1947 - The Lady from Shangai
1958 - Touch of Evil
1966 - Chimes of Midnight


Welles traz a influência do expressionismo em seus filmes por meio dos elementos assimilados pela estética noir trazendo a principal característica do expressionismo que é o jogo entre as luzes e sombras, o claro e o escuro, os incluídos e os que vivem à margem da sociedade; personagens que transitam em vidas limítrofes.

O British Film Institute o aclama como o melhor diretor de todos os tempos em 2002. Seu reconhecimento, assim como o de diversos gênios do cinema, se dá após a sua morte.

O filme foi o primeiro longa-metragem dirigido por Welles. A história do filme tem muitas semelhanças com a vida do magnata das comunicações, William Randolph Hearts, que criticou abertamente a obra. Welles sempre negou a relação entra a personagem e o empresário americano. O filme trouxe diversas inovações em suas técnicas de narrativa, sendo considerado um dos marcos do cinema e consta como primeiro lugar entre os filmes ranqueados pela AFI (American Film Institute). O filme é considerado, por boa parte da crítica, como o maior filme da história até o presente.

DICA: Escolha uma das obras citadas nesta matéria e faça a análise da narrativa! Assistir ao filme e realizar a análise do filme valem 5 horas de Atividades Complementares.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Crônica: Além da sala de aula

 Por Virginia dos Santos Antony

Fonte: Foto de JESHOOTS.com no Pexels.

Fim de semana chegou e Aline aproveitou para assistir ao documentário que a professora do curso de jornalismo indicou e que conta como algumas horas de Atividade Complementar. Ela sabe que precisa prestar atenção ao mesmo, até porque vai ter de fazer um relatório a respeito do documentário. 

Dado o play, o celular acende e vibra por mais de uma vez. São notificações chegando. Alguém curtiu sua última publicação na rede social e, também, fez comentários. Ela por sua vez, olha rapidamente para o celular, mas não dá atenção e segue assistindo ao documentário.

Apesar das possíveis distrações, parece que ela venceu e ficou cada vez mais envolvida com a história. Diversos questionamentos invadem seus pensamentos e a curiosidade fica aguçada. O documentário termina e ela, esperta, já vai fazer o relatório para aproveitar que as ideias ainda estão frescas em sua mente.

Aline já não é mais a mesma de 1 horas antes. Afinal, aquele documentário acrescentou, ampliou sua visão e mais conhecimento deixou.

Daí eu percebo que, muito além da sala de aula, o aprender se dá sempre que tentamos compreender o dia a dia com as mais diversas impressões, expressões e sensações. Aprendemos com outros olhares, diferentes realidades, pensamentos e experiências.

Eu, por exemplo, nunca fui na Selva Amazônica, mas determinado fotógrafo foi e aprendi demais com a exposição das fotos.

Nunca entrevistei detentos, mas aquela jornalista da palestra que assisti sim, e foi incrível tudo o que ela disse.

Também nunca fiz uma grande reportagem investigativa, mas o autor do livro que eu li sim, e foi tão enriquecedor.

Sendo assim eu pergunto: tem como ser mesmo um bom jornalista sem ampliar nossa visão de mundo, sem apurar o senso crítico, sem querer compreender o mundo e o porquê das escolhas e reações da sociedade?

E, tudo isso, vai muito além da sala de aula.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Federação de Futebol dos EUA iguala salários femininos aos masculinos

Por Guilherme de M. Nobre Celestino / Luana Roik Barbosa / Mateus Pardinho Silva

A luta pela igualdade salarial no esporte ganhou um capítulo importante no dia 22 de fevereiro de 2022, após o anúncio da U.S. Soccer sobre a equiparação salarial entre as seleções masculina e feminina dos Estados Unidos.

O reconhecimento finalmente chegou e a Federação de Futebol dos EUA fez o anúncio do acordo com as atletas: "temos o prazer de anunciar, que dependendo da negociação de um novo acordo coletivo de trabalho, teremos resolvido nossa longa disputa sobre igualdade salarial e orgulhosamente estamos juntos em um compromisso compartilhado de promover a igualdade no futebol".

O movimento teve início em 2016 quando algumas jogadoras, como Carli Lloyd, Megan Rapinoe, Alex Morgan, Hope Solo entre outras atletas, se manifestaram contrárias às desigualdades de valores pagos pela Federação de Futebol dos EUA, alegando discriminação de gênero.

Em 2015, as norte-americanas se sagraram campeãs do mundial disputado no Canadá, derrotando a seleção do Japão na final. Segundo o site El país, as jogadoras receberam pela conquista uma bonificação de U$ 1,72 milhão. Já a seleção masculina recebeu de bônus, em 2014, US$ 5,4 milhões após alcançar as oitavas de final no mundial realizado no Brasil.

Os Estados Unidos são considerados uma das principais e mais relevantes seleções no futebol feminino, tendo alcançado 4 títulos mundiais e conquistado 4 medalhas de ouro nas Olimpíadas. Já no futebol masculino, os norte-americanos não possuem uma grande representação, sendo o seu melhor resultado uma medalha de ouro e um terceiro lugar na copa de 1930. Apesar da diferença de representatividade entre as duas seleções, os valores pagos demonstravam a falta de valorização do futebol feminino por parte da Federação.

Após o título do mundial da França, em 2019, o movimento ganhou ainda mais força. As americanas chegaram ao tetracampeonato mundial e fizeram questão de expor sua luta durante a campanha e principalmente na comemoração em Nova York.

A capitã da seleção feminina, Megan Rapinoe, se manifestou em suas redes sociais sobre o anúncio da U.S. Soccer dizendo: "Quando ganhamos, todos ganham, orgulhosa além das palavras.".

O acordo ainda inclui pagamentos atrasados que chegam ao valor de 22 milhões de dólares em salários atrasados.