Por Virginia dos Santos Antony
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Fonte: Foto de JESHOOTS.com no Pexels. |
Fim de semana chegou e Aline aproveitou para assistir ao documentário que a professora do curso de jornalismo indicou e que conta como algumas horas de Atividade Complementar. Ela sabe que precisa prestar atenção ao mesmo, até porque vai ter de fazer um relatório a respeito do documentário.
Dado o play, o celular acende e vibra por mais de uma vez. São notificações chegando. Alguém curtiu sua última publicação na rede social e, também, fez comentários. Ela por sua vez, olha rapidamente para o celular, mas não dá atenção e segue assistindo ao documentário.
Apesar das possíveis distrações, parece que ela venceu e ficou cada vez mais envolvida com a história. Diversos questionamentos invadem seus pensamentos e a curiosidade fica aguçada. O documentário termina e ela, esperta, já vai fazer o relatório para aproveitar que as ideias ainda estão frescas em sua mente.
Aline já não é mais a mesma de 1 horas antes. Afinal, aquele documentário acrescentou, ampliou sua visão e mais conhecimento deixou.
Daí eu percebo que, muito além da sala de aula, o aprender se dá sempre que tentamos compreender o dia a dia com as mais diversas impressões, expressões e sensações. Aprendemos com outros olhares, diferentes realidades, pensamentos e experiências.
Eu, por exemplo, nunca fui na Selva Amazônica, mas determinado fotógrafo foi e aprendi demais com a exposição das fotos.
Nunca entrevistei detentos, mas aquela jornalista da palestra que assisti sim, e foi incrível tudo o que ela disse.
Também nunca fiz uma grande reportagem investigativa, mas o autor do livro que eu li sim, e foi tão enriquecedor.
Sendo assim eu pergunto: tem como ser mesmo um bom jornalista sem ampliar nossa visão de mundo, sem apurar o senso crítico, sem querer compreender o mundo e o porquê das escolhas e reações da sociedade?
E, tudo isso, vai muito além da sala de aula.
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