A luta pela igualdade salarial no esporte ganhou um capítulo importante no dia 22 de fevereiro de 2022, após o anúncio da U.S. Soccer sobre a equiparação salarial entre as seleções masculina e feminina dos Estados Unidos.
O movimento teve início em 2016 quando algumas jogadoras, como Carli Lloyd, Megan Rapinoe, Alex Morgan, Hope Solo entre outras atletas, se manifestaram contrárias às desigualdades de valores pagos pela Federação de Futebol dos EUA, alegando discriminação de gênero.
Em 2015, as norte-americanas se sagraram campeãs do mundial disputado no Canadá, derrotando a seleção do Japão na final. Segundo o site El país, as jogadoras receberam pela conquista uma bonificação de U$ 1,72 milhão. Já a seleção masculina recebeu de bônus, em 2014, US$ 5,4 milhões após alcançar as oitavas de final no mundial realizado no Brasil.
Os Estados Unidos são considerados uma das principais e mais relevantes seleções no futebol feminino, tendo alcançado 4 títulos mundiais e conquistado 4 medalhas de ouro nas Olimpíadas. Já no futebol masculino, os norte-americanos não possuem uma grande representação, sendo o seu melhor resultado uma medalha de ouro e um terceiro lugar na copa de 1930. Apesar da diferença de representatividade entre as duas seleções, os valores pagos demonstravam a falta de valorização do futebol feminino por parte da Federação.
Após o título do mundial da França, em 2019, o movimento ganhou ainda mais força. As americanas chegaram ao tetracampeonato mundial e fizeram questão de expor sua luta durante a campanha e principalmente na comemoração em Nova York.
A capitã da seleção feminina, Megan Rapinoe, se manifestou em suas redes sociais sobre o anúncio da U.S. Soccer dizendo: "Quando ganhamos, todos ganham, orgulhosa além das palavras.".
O acordo ainda inclui pagamentos atrasados que chegam ao valor de 22 milhões de dólares em salários atrasados.
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