Saúde mental: como a alimentação pode interferir
Por Virginia Antony
Qual a relação entre a saúde mental e a alimentação? O consumo dos alimentos, pode gerar impactos positivos e negativos no dia a dia? O que fazer para mudar o que for preciso a fim de alcançar a sensação de bem-estar com a alimentação?
Esses são alguns dos muitos questionamentos que fazemos quando se pensa em alimentação e saúde mental. Quando o assunto é qualidade da alimentação, estudos afirmam que os efeitos podem ser positivos ou negativos, tanto para o corpo, quanto para a mente.
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Fernanda Marques, nutricionista. |
A nutricionista faz um alerta a respeito da importância de se ter mais atenção e cuidado ao ingerir alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, refrigerantes açucarados, pizzas congeladas, alimentos com excesso de açúcar, sódio, corantes e que, também, contêm diversas outras substâncias para aumentar o prazo de validade nas prateleiras dos supermercados. Para ela, "esse excesso pode causar alguns distúrbios alimentares e, devido a esses distúrbios, as pessoas passam a evitar relações sociais podendo resultar, também, em depressão".
Se, por um lado, existe uma infinidade de alimentos de fácil acesso e inadequados para a saúde física e mental, por outro, existe a opção de se consumir alimentos mais saudáveis e que podem garantir maior vitalidade, energia e sensação de bem-estar.
A alimentação equilibrada e nutritiva conta com uma variedade de grãos, frutas, legumes, sementes, cereais e proteínas. A nutricionista afirma que é importante "ingerir alimentos naturais, com baixo teor de gordura saturada e sódio". Há uma grande variedade de alimentos que possuem vitaminas que ajudam no melhor funcionamento do cérebro. E, quando o assunto é sentir-se bem, o destaque vai para a serotonina que é um neurotransmissor que atua no cérebro e tem a função de enviar informações para outras células nervosas e do corpo.
Uma das principais funções da serotonina está ligada aos sentimentos de satisfação e bem-estar. Isso porque ela é importante por regular o humor, o apetite, o sono, o ritmo cardíaco, a temperatura corporal, a ansiedade e a libido. Além disso, também é grande aliada do bom funcionamento cognitivo, auxiliando na percepção, memória, atenção e raciocínio, entre outros diversos benefícios que colaboram para a manutenção da saúde mental.
O grande responsável pela produção da serotonina é o aminoácido tripofano, que funciona como precursor, já que o corpo humano não o produz. O tripofano é adquirido por meio da alimentação rica em nutrientes que engloba uma variedade de alimentos entre carnes, laticínios, grãos, frutas e sementes. Ou seja, boas escolhas alimentares e uma alimentação balanceada e nutritiva tem relação direta com a sensação de bem-estar.
Entre as frutas mais ricas em tripofano estão o abacaxi, abacate, banana e kiwi. Nos cereais o tripofano é encontrado na aveio, arroz e milho. Nas leguminosas aparece no feijão, grão de bico, ervilha e lentilha. Nas proteínas ele está nas carnes, peixes, ovos, leite e seus derivados. Também se faz presente em sementes oleaginosas como as amêndoas, castanha do Pará, castanha de caju, nozes e amendoim. Não se esqueça dos vegetais como brócolis, tomate, rúcula e cogumelo.
Agora que você já conhece as vantagens de uma boa alimentação para a saúde física e mental, não deixe fora da próxima lista de supermercado os alimentos ricos em tripofano, pois esse aminoácido se converterá em serotonina, que é essencial para a vida de modo geral.
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