quinta-feira, 19 de maio de 2022

Exposição "Nonni di São Paulo" em Jundiaí

Por ProfSandra Cristina Pedri

Jundiaí recebe, entre os dias 20 de maio e 03 de julho de 2022, a exposição "Nonni di São Paulo" que reúne fotos e documentos históricos de muitos imigrantes italianos que vieram para o Brasil entre 1887 e 1978. 

Neste período, chegaram ao nosso país mais de 800 mil italianos que, em sua maioria, fixaram residência em São Paulo e cidades do interior. Esta exposição foi realizada pela primeira vez no Museu da Imigração, na cidade de São Paulo, e teve o apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e do Consultado Geral da Itália, em São Paulo. Desde março de 2019 a exposição está percorrendo cidades do interior do Estado.

Oliviero Pluviano, jornalista italiano radicado no Brasil, entrevistou (desde 2013) 50 imigrantes italianos, com idades entre 70 e 90 anos, colhendo depoimentos com o objetivo de contar suas histórias de vida que são repletas de sonhos, surpresas e fantasias. Para isso, fez uso de uma narrativa capaz de nos fazer sonhar, como acontece quando lemos uma fábula. 

Para a exposição em Jundiaí, foram entrevistados vários italianos residentes na cidade, o que dará ao público a possibilidade de entender e aprender mais sobre a presença italiana na cidade, além de conhecer a trajetória de personagens como: Dario Birolini, Maria Bonomi, Nicolo Camali, Irmã Alberta Girardi, Lisena Montanaro, uma das "Mães de São Vito", que chegou no Brasil em 1955, com 18 anos; Mino Carta, responsável pela fundação das revistas Carta Capital, Quatro Rodas, IstoÉ e Veja, além do Jornal da Tarde e do Jornal da República; Bruna e Giorgio Maschietto que saíram da região do baixo Vêneto (Itália) e chegaram ao Brasil em 1955 e 1953 respectivamente; além de outros imigrantes.

Venha prestigiar esta exposição na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, localizada na Rua Barão de Jundiaí, 109 - Centro - Jundiaí-SP.  Horário de funcionamento: terça a sexta-feira (das 10h às 17h), sábados (das 9h às 16h) e domingos (das 10h às 17h). Às segundas-feiras a Pinacoteca fica fechada.

Para saber como chegar à Pinacoteca, clique AQUI.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Deixando marcas (ARTVERSO - Unip Jundiaí)

Por ProfRita Ibarra

Estou passando para dizer que amei o evento! À ProfDaniele Filippini, parabéns por mais um evento interativo e com a adesão de todos! Às turmas do 5º e 4º semestres, meus parabéns pelo empenho, pela pesquisa e pelo primeiro evento presencial pós-COVID. Tenho certeza de que este abrirá a porta de muitos outros.

O evento foi completo, tanto pelas coisas boas quanto pela adesão de muitos que vieram participar e, até, porque não, pelas picuinhas que acontecem em todos os eventos. Esta é uma atividade que, geralmente, causa impacto, mas "causar" é o nosso agente  motivador. No frigir dos ovos, somos todos vitoriosos: a organizadora que chegou ao seu objetivo, tanto de expor como de integrar os alunos num trabalho especial e relevante; os alunos que dedicaram-se à realização deste trabalho conseguindo pesquisar, encontrar parceiros, organizar e demonstrar o que aprenderam pelo caminho mostrando resiliência, que é o fato de não desistir frente aos obstáculos e manter o foco; os alunos das turmas do 7º e 6º semestres dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda que vieram visitar, pois souberam valorizar o trabalho de outras turmas; a Bruna Ryan que veio fazer o seu pocket-show... Vamos tentar novamente. 

Agradecimentos aos que ajudaram: Michele, nossa chefe de campus que liberou o evento; Marina, artista que veio nos ajudar e muito obrigada, do fundo do meu coração, a todos os que proporcionaram algum aprendizado novo com este evento. Experiência completa é experiência de vida!

Que este seja um marco para todos, tanto pelo sucesso como pelas pedras na árvore, pois somente a árvore que tem frutos leva pedrada! Uma pedrinha de calor para aquecer cada coração.

Todo obstáculo nos ensina a ser melhores e mais fortes!

Pocket-show da aluna Bruna Ryan. Vídeo da ProfDaniele Filippini.

As fotos a seguir foram tiradas pela ProfDaniele Filippini.













quinta-feira, 12 de maio de 2022

Venham prestigiar a ARTVERSO

Legenda: Art by @rodriguesrf_.
Por Virginia Antony

Música, arte de rua, exposição de fotografia e muito mais acontecerá na noite de terça-feira, 17 de maio de 2022, no pátio interno (próximo às cantinas) da Universidade Paulista, campus Jundiaí.

O evento, que está sendo organizado pelos alunos do  semestre de Publicidade e Propaganda, tem por finalidade promover as diversas expressões artísticas da cidade e que garantem acesso à cultura e animação para quem comparecer ao local.

Horário: 20h30
Local: Unip Jundiaí
Endereço: Av. Armando Giassetti, 577 - Trevo Itu / Vila Hortolândia
Jundiaí-SP - CEP: 13214-525.

Estacionamento no local.

Contamos com a sua presença!

segunda-feira, 9 de maio de 2022

O Dia das Mães passou...

Por Isabela Doutel

Foto de Josh Willink no Pexels.

O Dia das Mães passou. Observo ela, que faz a comida, serve o prato dos filhos mais novos, pede que as crianças não corram ao redor da mesa, serve a mesa e depois tira com habilidade todos os pratos, talheres e copos, empilhando cuidadosamente cada um deles.

Observo a mãe de cinco crianças lavando a louça do almoço, enquanto os menores gritam na sala por algum brinquedo. Dois garotos jogam videogame e a menina mais velha se encarrega de secar e guardar os pratos, treinando para o trabalho que desenvolverá no futuro. 

Um trabalho, sim. Sem remuneração financeira e, muitas vezes, invisível, mas ainda um trabalho. E eu me arrisco a dizer que ser mãe é um dos trabalhos mais cansativos e importantes de uma mulher. Numa única mãe existe uma cozinheira, faxineira, babá e professora, além da profissão que desempenha no mercado de trabalho.

Quando ela termina de lavar a louça, a roupa já bateu e vai pro varal. O menino pequeno quer um bolo de chocolate, mas o do meio quer um de cenoura. É um "se-vira-nos-trinta" para agradar a todo mundo e ninguém brigar. Hora de pedir ajuda da filha mais velha: "unta a forma para mim?".

Nos 45 minutos em que ela poderia descansar, vai pra cozinha para agradar aos filhos, mesmo cansada. O amor move a maternidade, um automóvel inseparável que se abastece de amor todos os dias.

Ontem também foi o Dia das Mães, dia de agradecer à figura materna que sempre faz e fez o possível e o impossível por nós. O segundo domingo de maio é só uma data comercial, pois o Dia das Mães é todo dia.

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Você sabe o que é a fé?

Por Isabela Doutel

A fé é quando você faz planos, é quando você acredita que vai continuar vivo até realizá-los. É quando a gente casa com fé de que o relacionamento vai prosperar.

A nossa prova diária de fé é quando a gente coloca o celular para despertar amanhã, é quando a gente sai do trabalho e deixa uma demanda pro dia seguinte sempre pensando que haverá um amanhã. E se não houver?

Foto: light peace hope - jpleno (pixabay).

Para mim, estes últimos meses foram de muita fé. Quem falou comigo frequentemente neste período ouviu muito a frase "depois que eu fizer a cirurgia". De novembro pra cá fiz muitos planos. E agora, tendo feito a cirurgia, já comecei a realizar alguns e adiei outros por "n" motivos.

Foi o baque do "e se não houver?" que mudou a minha vida. Todos os dias eu saía do trabalho pensando que, talvez, precisasse passar a madrugada no hospital de novo e não fosse trabalhar no dia seguinte.

Que grande incentivo pode ser a falta de fé! 

Mesmo agora, continuo pensando: e se não houver amanhã? Será que dei o meu máximo no trabalho? Falei que amo meus amigos? Dormi abraçada com a Madalena por tempo suficiente? Ri e amei intensamente? 

Quando não houver mais amanhã, saibam que "sim", eu amei com todo o meu coração, e todas as risadas que dei foram 100% verdadeiras. Eu nunca passei mais de uma semana sem dizer ou demonstrar que amo meus amigos e eu sempre dou o máximo de mim em tudo, mas eu sempre desejarei mais 5 minutinhos com a Madalena Soraia.

Por enquanto, o amanhã ainda existe, e pode ser melhor que o hoje.

A frase "amanhã vai ser melhor" é outro exemplo de fé e eu a levo pra vida. Quem faz um amanhã melhor somos nós, no hoje.

Nossas atitudes podem mudar futuros, no plural. E eu tenho fé, e gosto de crer, que amanhã vai ser melhor.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Grupo de teatro "Catarsis" na UNIP

Por Mateus Pardinho Silva, Guilherme de M. Nobre Celestino e Tiago Lavinhati

O grupo de teatro Catarsis realizou um ensaio aberto no anfiteatro da UNIP Jundiaí na noite de 19 de abril de 2022.  A apresentação contou com a presença dos alunos das turmas de Pedagogia, Psicologia e Jornalismo, além de convidados especiais do grupo.

Capa do livro.
A peça O muro de Sam (infanto-juvenil) foi apresentada na Semana de Pedagogia, evento realizado nos dias 18, 19 e 20 de abril no campus Jundiaí. Esta peça ainda está em construção e é uma adaptação do livro Querido senhor presidente, da escritora Sophie Siers. O livro apresenta a história de Samuel que não gosta de dividir o quarto com seu irmão mais velho e considera este um grande problema em sua vida. Ao ver uma entrevista na televisão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falando sobre o muro que ele pretendia construir na fronteira do país, Samuel enxerga a solução para o seu problema. Mas... o que não imagina é que a construção do muro que ele planeja pode ser muito complicada.

A peça, com base neste livro, aborda a representação de um muro em questões de relacionamentos como entre irmãos, pais e amigos.

Após a apresentação, os atores realizaram um debate com a plateia sobre os temas abordados, indo desde a criação dos filhos até o comportamento humano. Heitor Pires, aluno do 1o semestre do curso de Psicologia, disse: "A peça traz uma reflexão sobre a sociedade, em que todos devem estar juntos por um bem maior. Mostra que não devemos construir muros mas, sim, gangorras para superar as brigas e facilitar a aproximação entre as pessoas, não importando as diferenças de cultura, de opiniões etc".

Atores e público em debate sobre a peça apresentada.
Foto de Mateus Pardinho Silva.

Segundo a professora Cristiane Demarchi (historiadora, doutora em educação e professora titular da Universidade Paulista) o objetivo do debate foi levar a uma reflexão sobre os muros sociais que prejudicam as relações ensino/aprendizagem e sobre a importância de se construir uma relação mais estreita entre a arte e a educação.

Esta peça está prevista para ser estreada no mês de junho deste ano, em São Paulo. Para saber mais sobre o grupo Catarsis acesse os seguintes links:

Instagram: https://instagram.com/catarsisproducoes
Site: https://www.catarsis.com.br/a-catarsis

O grupo de teatro Catarsis tem este nome por conta do sentimento de catarse que o teatro pode causar no público, que significa a purificação da alma por uma descarga emocional causada pelo drama. É composto por: Aline Volpi, Ana Paula Castro, Marcelo Peroni e Vladimir Camargo.

Analisando o filme "Batman", de Matt Reeves

 Por Anthony Miqueias

Fonte: Pôster promocional.
Algo interessante nas releituras de histórias muitas vezes contadas, está na maneira como elas existem e respondem ao momento em que estão sendo reproduzidas e lançadas, que deve ser levado em consideração ao se analisar uma obra como "Batman", de Matt Reeves.

Os tempos são sombrios e agora Gothan (com ares novaiorquinos como visto no filme "Coringa", de Todd Phillips) é uma cidade perdida, em que não é mais permitida a luz do dia e onde a criminalidade já tomou conta. Agora é habitada por mentes cada vez mais perturbadas. Neste cenário, Bruce Wayne (muito bem interpretado por Robert Pattinson) está revestido de um arsenal de armas em busca de vingança, sem temer a própria morte e imparável, pois apenas um misterioso crime interrompe sua violenta concentração.

Após um poderoso político ser assassinado dentro da sua própria casa e o assassino ter deixado uma carta para o Batman, ele se vê cada vez mais preso nesse emaranhado de mistérios que rondam a cidade e o legado de sua família. Isso sem falar que, quem encontra o corpo desse político é ninguém menos que seu filho, exatamente na mesma semana em que os pais de Bruce morreram há 22 anos na presença do protagonista, o que deixa a caçada ainda mais pessoal.

É inegável que não é difícil ver elementos de outras adaptações do personagem neste filme. O estilo militarizado, ainda que mais bruto de combate, presente na trilogia de Christopher Nolan, ou os breves momento de bom humor cáustico, também presentes na versão de Tim Bruton, e o ares góticos já presentes nas versões de Burton e de Zack Snyder dão as caras aqui no começo do filme. Há de tudo um pouco, ainda mais porque este é o 11º filme em que o morcegão aparece nas telonas. Mas o sentimento é de algo novo graças ao trabalho de Matt Reeves.

Depois de dois excelentes filmes para a recente trilogia de "Planeta dos Macacos", Reeves teve carta branca para trazer suas ideias para o filme "Batman". Ele pega elementos já apresentados nos filmes anteriores e os enverniza com um pessimismo quase irreparável e o ambiente noir (conhecido por filmes em que seus protagonistas-detetives se envolvem em investigações elegantes e simplistas, onde o que mais importa é o envolvimento pessoal do personagem com sua própria jornada do que com o mistério do crime em si). Percebemos isso, por exemplo, na cena em que um importante personagem morre repentina e exageradamente, já conectando o enredo para o seu último e mais dramático arco do filme.

Ele constrói uma história longa, mas sem enrolação, visto que os cortes da montagem são secos e diretos. Ele faz uso de planos longos focando nos rostos dos personagens, pois suas reações são muito importantes visto que todos eles estão estreitamente conectados ao protagonista. Isso difere a obra das outras adaptações, uma vez que o Batman, dessa vez, não perde muito espaço para os vilões coadjuvantes. Não conhecemos o Batman até os últimos 20 minutos do filme, isso porque o herói, até então, é apenas mais uma anomalia deste mundo já destruído. Ele precisa perceber isso para se tornar algo mais para a cidade, e os sinais que trazem essa percepção são derradeiros, violentos e deprimentes. Há um longo caminho até a esperança.

É neste ponto que o filme se conecta com a realidade. Com um futuro imprevisível e um presente pouco aberto para novas possibilidades, pouco nos resta para imaginar novos caminhos para trilhar. Com tantas e as mais diversas crises que estão ocorrendo dentro e fora do país, o cenário é sombrio e pouco atraente a qualquer tipo de luz, mas vingança certamente não é o caminho. Devemos dar voz à esperança. Pode parecer uma ideia batida ou clichê, mas funciona dentro e fora do filme.

Dados do filme

  • Data do lançamento: 3 de março de 2022 nos cinemas do Brasil
  • Duração do filme: 2h 56m
  • Gênero: Ação/Aventura
  • Idioma: Inglês
  • Direção: Matt Reeves
  • Roteiro: Matt Reeves e Peter Craig
  • Elenco: Robert Pattinson, Zoê Kravitz, Paul Dano, Colin Farrel, Jeffrey Wright, Andy Serkis
  • Orçamento: US$ 185-200 milhões
  • Bilheteria total: US$ 764.358.832

Se você quiser assistir ao filme, ele está disponível no catálogo da plataforma HBO MAX e para aluguel nas plataformas Google Play, YouTube Movies e Apple TV.

Assista ao trailer no YouTube.

terça-feira, 3 de maio de 2022

De volta às aulas presenciais

 Por Anderson da Silva Oliveira

Terça-feira, 17 horas, cheguei mais cedo no campus e resolvi acompanhar o movimento. No pátio, sentado em uma mesa perto da Cantina do Joca, consigo ver um professor corrigindo provas. Pássaros sobrevoam o pátio praticamente vazio. Apesar de ter muitas mesas disponíveis apenas uma está ocupada por um grupo de oito pessoas (sete mulheres e um homem) que estão estudando e jogando conversa fora.

Legenda: Universidades retomam atividades presenciais.
<a href="https://www.freepik.com/photos/student-walking">
Student walking photo created by freepic.diller - www.freepik.com</a>

À minha esquerda vejo uma aluna comendo um pacote de salgadinhos enquanto bebe um refrigerante e se entretém com algo em seu celular. Mais adiante há outra aluna, só que ela está estudando, pois está fazendo anotações em seu caderno e digitando no computador enquanto folheia um livro. Parece loucura esta descrição, mas o dia a dia de um estudante é assim mesmo, ou seja, a gente se habitua a fazer mil coisas ao mesmo tempo. Como estou apenas observando sem fazer nada... o tempo acabou passando rápido. Já faz quase 1 hora que estou só olhando...

À direita vejo seguranças discutindo algo aparentemente importante, mas não sei exatamente o que discutem pois não consigo ouvir o que falam. Já são quase 18 horas e muitas pessoas estão chegando e passando pelas catracas. 

Enquanto narro estas cenas meu pensamento voa... Como será que está a vida acadêmica destas pessoas agora que as aulas presenciais voltaram? Será que estão iguais a mim, tentando voltar à rotina de dois anos atrás, conciliando trabalho, estudos, projetos pessoais? Será que estão dando conta de tudo? Ou será que estão com dificuldades de retomar a rotina anterior?

Os minutos passam rápido. Mais pessoas estão chegando e, agora, o pátio está cheio. Muitos estudantes, assim como eu, estão vindo direto do trabalho e as cantinas da faculdade estão ficando cheias, pois todos chegam com fome e cansados. Olhando todo o movimento resolvo me dirigir para a sala de aula.

Intervalo! Alguns alunos vão rapidamente para o pátio, outros aproveitam para mais um lanchinho. Outros, ainda, se reúnem em rodas de música ou de conversas para colocar os assuntos em dia. São 20 minutos que passam muito rápido, no entanto, é tempo suficiente para alunos jogarem truco empolgados com as jogadas aos berros e tapas na mesa, próprias deste tipo de jogo. A maioria volta para as salas de aula assim que o intervalo termina, mas alguns ficam por ali mesmo, comendo, estudando, fazendo um ou outro trabalho em grupo, ou simplesmente conversando. 

Ao término das aulas todos vão embora para suas casas. Alguns saem rapidamente, seja de ônibus, van ou carona. Outros ficam aguardando alguém lhes buscar e, quando menos se espera, a faculdade está quase vazia. Chegou a hora de seguir meu caminho para casa também. E assim, lá se foi mais um dia na nova rotina de aulas presenciais.

domingo, 1 de maio de 2022

Ser jornalista

Por ProfSandra Cristina Pedri

Ser jornalista é atraente, principalmente para aqueles que gostam de estar por dentro de tudo o que acontece e de lidar com as muitas mídias disponíveis como rádio, TV, jornais, revistas, internet... Se você tem interesse nesta carreira, veja as dicas que damos para que você seja um bom jornalista.

  1. Mantenha-se bem informado - Um dos requisitos para ser um bom jornalista é se manter informado. Fique atento a tudo o que acontece ao seu redor, seja em sua cidade, estado, país e no mundo. Busque a maior quantidade possível de notícias e concentre-se nos acontecimentos principais, pois não dá para ficar sabendo de tudo. Sempre que fizer uma leitura, a faça de modo crítico. Selecione as fontes de leitura fidedignas, mas também procure saber o que as demais fontes estão publicando/divulgando. É muito bom ler colunas de opinião de jornalistas conceituados para saber como eles pensam e veja, também, como são interpretados por especialistas.

  2. Leia muito - Gostar de ler é outro requisito muito importante, portanto a leitura deve se tornar um hábito. É pela leitura que o jornalista enriquece o vocabulário e aprende a escrever melhor. Para uma boa escrita é importante ler, também, livros de literatura, que ajudam a ter contato com vocabulários variados e estilos diferentes de escrita.

  3. Fique antenado - Quem escolhe o Jornalismo como carreira deve estar ciente de que não terá um horário fixo de trabalho, ou seja, o trabalho vai lhe acompanhar 24 horas por dia. Não tem como passar diante de um acontecimento e ignorar. Até quando você estiver de férias, será preciso estar atento a tudo, pois os "furos" de reportagem podem acontecer onde e quando você nem imaginar.

  4. Desperte o investigador que há em você - Ser jornalista é, também, ser uma pessoa curiosa. O jornalista investiga e conta os fatos que são de interesse de todos. Para despertar a habilidade investigativa e jornalística, leia os livros-reportagem. São livros escritos por jornalistas que vão além da notícia que já foi divulgada nos diversos meios de comunicação. Cabe a eles ir atrás dos fatos que não foram divulgados, relatar outros pontos de vista e, por meio de uma linguagem literária, atrair e reter o leitor enquanto informa. Um exemplo clássico de livro-reportagem é Hiroshima, de John Hersey, que relata a queda da bomba em Hiroshima (1945) do ponto de vista de seis sobreviventes. No Brasil, entre os muitos livros-reportagem excelentes, vamos citar o best-seller Holocausto brasileiro, da jornalista Daniela Arbex, que aborda a situação dos manicômios no Brasil por meio de diversas reportagens investigativas sobre o Hospital Colônia, em Barbacena-MG.

  5. Estude, estude, estude - Se você é daqueles que pensam que, ao sair da faculdade não precisa mais estudar, está enganado. A formação do jornalista é contínua e vai muito além da faculdade. Faça minicursos para adquirir novas habilidades. Aprenda a usar programas de diagramação, de edição e criação de imagens e vídeos para a Web, por exemplo. Estude escrita criativa, storytelling, criação de roteiros e aprenda a lidar com as mídias sociais como Facebook, Instagram entre outras. Lembre-se, também, de fazer cursos de pós-graduação e de especialização. Se puder, faça um mestrado e um doutorado também.

  6. Comprometa-se com a sociedade - O jornalista exerce um papel muito importante na sociedade. É ele que, geralmente, está vigiando os poderes públicos e relatando os acontecimentos de interesse geral. Ele luta pelo direito de liberdade de expressão e é o porta-voz de informações de qualidade. Cabe ao jornalista agir com ética e divulgar sempre a verdade visando o bem-estar da sociedade. Seus textos, com exceção dos artigos de opinião, devem ser sempre imparciais e ele deve dar escuta aos dois ou mais lados da história que está sendo noticiada.

  7. Seja sociável e comunicativo - O jornalista nunca está só. Sua atividade é sempre social pois precisa apurar notícias. Para isso, está sempre conversando com as pessoas. Também troca informações com outros repórteres, debate pautas com diretores e produtores e, portanto, precisa cultivar os relacionamentos, tanto com as fontes quanto com os colegas de trabalho.
Você gostou de saber um pouco sobre a carreira de Jornalismo? Se você tem interesse nesta área, acesse o site da UNIP e saiba tudo sobre o curso de Jornalismo. Venha fazer parte desta equipe!

Fonte: site UNIP.

Dicas de redação para textos de divulgação de filmes

Por Rita Ibarra

Uma das dificuldades que tenho percebido com relação à produção de textos por nossos discentes (Jornalismo e Publicidade e Propaganda) é a confusão entre análise fílmica, resumo de filmes, sinopses de filmes e textos de divulgação de filmes.

Para cada texto a ser elaborado há um esquema básico a ser seguido. Trarei, aqui, apenas dicas para a redação de textos de divulgação. O texto de divulgação de filmes segue o padrão do texto jornalístico, portanto, precisa ser informativo. E o que é um texto informativo? É aquele que responde às questões: O quê? Quando? Onde? Por quê? Como? Quanto?

  • O quê? Refere-se ao fato/assunto abordado.
  • Quando? Dia, horário em que o fato ocorreu.
  • Onde? É o lugar (espaço físico ou virtual da ação) que tenha um endereço e que deva ser registrado ao longo do texto.
  • Por quê? Refere-se à causa da ocorrência de determinado fato.
  • Como? Refere-se à forma como os fatos sucederam-se ou aconteceram.
  • Quanto? Refere-se sempre a quantias: quanto se gastou, quantos estiveram presentes, quantos foram afetados pelo fato.

Assim, quando se quer divulgar um filme que está sendo lançado, que causou algum impacto no momento ou que vale a pena ser visto ou revisto (ou seja, um filme que alimenta a alma ou permita o desenvolvimento de um conhecimento prático ou estético), deve-se optar pelo modelo informativo.

Pensando nesta dificuldade, elaborei um roteiro simples para este tipo de texto:

  1. Divulgue um filme que esteja para ser lançado ou que acabou de ser lançado. Você também pode escrever sobre um filme que vale a pena ver de novo ou que possa ser incluído no conhecimento geral sobre filmes.
  2. Inclua informações sobre quando, como e onde assistir ao filme.
  3. Fale sobre de quem é o filme: diretor, roteirista, atores.
  4. Trata-se de um roteiro original ou o filme é uma adaptação de livros, séries?
  5. O filme é único ou pertence a uma franquia (série de filmes com o mesmo nome e temática)?
  6. Escreva sobre as curiosidades do filme: produção, locações, custo, bilheteria, prêmios, indicação a prêmios.
  7. Explique por que vale a pena assistir ao filme. Nunca dê spoiler, ou seja, não antecipe o que acontece no filme).
Se você que gosta de escrever e quer ser escritor, use estas dicas para elaborar seus textos sobre os filmes que quer recomendar.