Copa de 2022 - Matéria 4
Brasil no Catar rumo ao hexa
Por Lucas Guaratini
Rafael Leick, colunista e dono do 1° Blog de Turismo Internacional da Comunidade LGBTQIA+, comentou que é triste ver a Copa do Mundo tendo como sede um país com leis tão conservadoras como o Catar e acrescentou que falta uma análise um pouco mais minuciosa da FIFA nesse sentido. Não é a primeira vez que um país não amigável à comunidade LGBTIQA+ sedia uma copa, como foi o caso da Rússia anteriormente.
O colunista ressaltou que, mesmo com as regras criadas para o respeito à comunidade LGBTQIA+, é importante que as pessoas tenham cautela fora dos estádios porque a FIFA não tem como garantir a segurança delas. Se você é um homem gay e está com seu parceiro assistindo ao jogo, ao saírem à rua a FIFA não terá como garantir a segurança de ambos, afirmou ele.
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Fonte: https://revistamarieclaire.globo.com/Noticias/noticia/2022/04/lgbtqia-na-copa-do-catar-falta-de-protecao-e-proibicao-de-atos-publicos.html - Foto: Reprodução – Instagram |
Mesmo assim, Rafael se diz otimista em relação a exibir bandeiras com as cores do orgulho LGBTQIA+ dentro dos estádios e acredita que haverá um abrandamento, uma tolerância a essa questão. Alguns jogadores das seleções europeias utilizarão braçadeiras de capitão com as cores do arco-íris numa demonstração de apoio à comunidade LGBTQIA+, atitude que já foi tomada em outros eventos. Rafael disse que é um posicionamento político importante porque está partindo de jogadores héteros que estão dizendo: "olha, isso aqui é um absurdo!". Essas seleções, incluindo Inglaterra e Holanda, fizeram um pedido para a FIFA solicitando permissão para o uso da braçadeira com as cores do arco-íris. Trata-se de uma campanha anti-homofóbica do futebol.
O colunista Rafael enfatizou que esta atitude por parte dos jogadores não é suficiente para mudar atitudes, não muda direitos (de gêneros), mas cria um conflito para que as pessoas olhem, discutam e tirem uma conclusão. Várias seleções da Europa, inclusive, estão se posicionando fortemente nesse sentido, mesmo sabendo que é crime ser LGBT em alguns países. Seu objetivo é conscientizar e gerar um certo incômodo aqui e ali.
Por fim, Rafael Leik deu conselhos aos casais LGBTQIA+ que querem ir ao Catar assistir à copa dizendo que, antes de mais nada, é preciso ter muito cuidado. É importante ter liberdade de estar e de se expor em qualquer lugar, mas ao realizar uma viagem a qualquer país que seja é preciso, primeiro, informar-se sobre a cultura local, sobre como funciona aquele país. No Catar, por exemplo, demonstrações públicas de afeto, sejam de casais héteros ou não, não são bem-vistas, portanto não é uma regra que afeta somente os LGBTQIA+ não tendo, assim, um fundo preconceituoso. Trata-se, neste caso, da cultura do país.
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